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quarta-feira, 27 de março de 2019

Vacina de febre amarela pode proteger contra vírus da zika, diz estudo

Pesquisadores perceberam uma queda no número de casos de zika, a partir de 2017, quando começou o surto de febre amarela e vacinação foi ampliada.


Um estudo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) 
concluiu que a vacina da febre amarela pode proteger contra o
 vírus
 da zika.
Uma equipe de professores da Universidade Federal d
o Rio de Janeiro partiu de uma pergunta aparentemente 
simples.
“Testar se a vacina para a febre amarela não protegeria contra a 
zika? Resolvemos testar, por serem vírus da mesma família, 
muito parecidos, estruturalmente, geneticamente”, explica
 Jerson Lima Silva, professor do Instituto de Bioquímica 
médica da universidade.
Esse parentesco não foi a única pista seguida pelos 
pesquisadores. 
Eles repararam nas mudanças nos índices de zika a partir
 de 2017, 
quando começou o surto de febre amarela. A vacinação foi 
ampliada
 e o efeito foi uma queda no número de pessoas contaminadas
 pelo 
vírus da zika.
No laboratório, começaram os testes com camundongos. 
Primeiro, 
eles tomaram a vacina contra a febre amarela. Uma semana 
depois, receberam uma dose com milhares de vírus da zika.
Os camundongos vacinados não tiveram sintomas da doença e conseguiram eliminar os vírus da zika. Já entre os que não 
foram imunizados, os sintomas apareceram, trazendo 
problemas
 neurológicos, perda de peso e mortes.
A proteção mais frequente entre as vacinas é a produção de 
anticorpos que se conectam aos vírus e impedem que eles 
consigam invadir as células. A vacina da febre amarela provoca
 também outra reação: a produção de uma proteína, a citosina, que estimula as 
células a envolver o vírus, digerir e dissolver a ameaça.
É desta forma que os cientistas acreditam que a vacina da febre 
amarela consiga evitar a infecção pelo vírus da zika. E também 
que estes resultados deixam o Brasil em vantagem na corrida
 pela descoberta da vacina contra a zika.
“Se a gente pensar na janela de tempo, por exemplo de um teste
 clínico, que tem toda uma etapa de teste de segurança da vacina, 
a gente já eliminaria todo esse tempo, uma vez que a gente já está trabalhando com uma vacina que está no mercado, de excelente
 qualidade e eficácia”, afirma Andréa Cheble de Oliveira
, professora 
do Instituto de Bioquímica Médica da UFRJ.
A zika é uma das infecções mais temidas, porque causa, entre
 outros danos, microcefalia e uma série de malformações em 
bebês.
“Fico mais tranquila de saber que, como estou vacinada, 
posso 
curtir mais a gestação, de forma tranquila pois a gente
 já tem tantas preocupações durante nove meses. É muito 
positivo”, afirma uma gestante.

REPORTAGEM: MÁRCIO RODRIGO

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